Obesidade – adultos, crianças e famílias
Vivemos uma verdadeira epidemia de obesidade. No Brasil mais de 50% da população tem sobrepeso de 20% estão obesos. As políticas de prevenção e os tratamentos atuais não estão sendo capazes de frear essa escalada da doença. Sim, doença! A obesidade hoje é considerada uma doença crônica, de difícil tratamento, que pode levar a múltiplas outras doenças e ser incapacitante. O objetivo da classificação como doença é tentar tirar o estigma que existe sobre a pessoa obesa, que muitas vezes é considerada pouco motivada e não se esforçar para emagrecer. A fisiologia da obesidade nos mostra que esses pacientes possuem alterações hormonais que alteram saciedade e gasto energético e as deixam suscetíveis ao ganho de peso. A origem do problema é multifatorial (genético, ambiente, sono, microbiota intestinal). Dentro desse contexto, é muito comum a doença acometer pais e filhos e é interessante a abordagem de todos os membros da família com o problema, com o objetivo de melhorar o estilo de vida de todos. Por ser de origem multifatorial, tratamentos que focam em único aspecto da doença são pouco efetivos. Não adianta apenas tomar medicamentos para emagrecer se isso não for acompanhado de uma mudança de hábito sustentável. Ou apenas tentar seguir uma dieta com auto controle, uma vez que a chance de abandono é muito grande, devido aos mecanismos de fome e saciedade da própria doença. Por isso, as evidências científicas mostram que o tratamento multidisciplinar com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico é sempre mais eficaz.