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Doenças da tireoide

Hipotireoidismo

Alguém já te falou que você deve ter tireoide ou você acha que não perde peso porque acha que tem problema na tireoide?
Quando as pessoas dizem que alguém tem tireoide ou problema na tireoide, elas estão querendo dizer que a pessoa tem hipotireoidismo. 
A tireoide, na verdade, todos têm. É uma glândula que fica localizada na região anterior do pescoço e é responsável pela produção dos hormônios tireoideanos (T3 e T4) que agem em todos os órgãos e tecidos do nosso corpo.
No hipotireoidismo, ocorre a redução ou a parada da produção desses hormônios, levando a diversos sintomas. São eles:
•    Gerais: cansaço e falta de energia
Neurológicos: lentificação, dificuldade de memória e depressão
•    Espastamento da voz
•    Redução da sudorese
•    Intolerância ao frio
•    Redução da tolerância do exércicio
•    Intestino preso
•    Pele seca
•    Unhas quebradiças
•    Queda de cabelo
•    Inchaço e ganho de peso
•    Alteração da menstruação e infertilidade
•    Músculo: dor muscular, fraqueza, baixa resistência e câimbras
Como vocês podem ver, os sintomas de hipotireoidismo são bem inespecíficos. Dessa forma, deve-se suspeitar do hipotireoidismo quando ocorre uma mudança mais marcante na vida, com aparecimento de um conjunto desses sintomas.
Por isso, raramente o hipotireoidismo vai ser a causa do sobrepeso ou da obesidade. Somente vamos pensar nessa possibilidade quando o ganho de peso foi recente e  acompanhado de outros sintomas do hipotireoidismo.  Porém, muitas vezes essa percepção é difícil e é adequado procurar um profissional para te ajudar.
Muito raramente, o hipotireoidismo pode evoluir para um quadro de maior gravidade chamado de coma mixedematoso, que costuma ocorrer quando a pessoa fica com o hipotireoidismo por muito tempo sem fazer o diagnóstico e consequentemente sem tratamento. Caracteriza-se por alterações cardiorrespiratórias como falta de ar e dor no peito e alteração do nível de consciência, podendo chegar ao coma.
O diagnóstico dos hipotireodismo é feito com as dosagens dos hormônios TSH e T4 livre. Eventulmente, a dosagem do T4 total pode ajudar
Uma vez feito o diagnostico, o tratamento é feito com levotiroxina em jejum.

Vc sabia?
Muitas pessoas que já  tratam hipotireoidismo e são obesas acreditam que têm dificuldade de perder peso devido ao hipotireoidismo. Isso não é verdade. Se o tratamento do hipotireoidismo está adequado, a dificuldade vem da própria doença obesidade, que é uma doença crônica de difícil tratamento e com resultados muitas vezes frustrantes. Um bom profissional pode te ajudar nesse processo.

Hipertireodismo

Você está perdendo peso de maneira inexplicada? Tem apresentado tremores e palpitações? Seu olho está mais saltado e inchado? Você pode estar com hipertireoidismo.
A tireoide é uma glândula que fica localizada na região anterior do pescoço e produz os hormônio tireoidanos ( T3 e T4)  que têm funções específicas em todos os órgãos do nosso corpo.
No hipertireoidismo a glândula tireoide é hiperativa e produz os hormônios tireoideanos em excesso causando os sintomas da doença
É mais comum em mulheres de 20-40 anos, mas ocorre também no homens
Pode ser causado principalmente por:
1.    processo inflamatório auto-imune que leva ao aumento da produção dos hormônios - conhecido como doença de Graves
2.    nódulos tireoideanos que produzem esses hormônios em exceso
Entre os sintomas que chamam atenção na doença devemos destacar:
•    Perda de peso - chamando atenção a perda de massa muscular
•    Palpitação
•    Tremores de extremidades
•    Aumento da sensação de calor
•    Sudorese excessiva
•    Diarreia e evacuações frequentes
•    Irregularidade menstrual e infertilidade
•    Irritabilidade e ansiedade
•    Fraqueza muscular
•    Bócio - protrusão no pescoço pelo aumento da tireoide
•    Exoftalmopatia - protrusão dos olhos para fora do globo ocular
Pessoas com hipertireoidismo leve e os idosos podem não ter qualquer sintoma
Raramente pode ocorrer um quadro mais grave do hipertireoidismo, chamado crise tireotoxica, necessitando de atendimento urgente e terapia intensiva. Essa crise caracteriza-se por hipertermia, taquicardia, falta de ar, tremores e alteração do nível de consciência.
O diagnostico do hipertireoidismo é feito com as dosagens do TSH, T3, T4 e T4 livre.
São exames complementares para se diferenciar a origem do hipertireoidismo:  cintilografia, Trab e o ultrassom da tireoide.
O tratamento do hipertireoidismo depende da causa e das características dos pacientes, mas pode ser feito através de medicamentos, radioiodoterapia e, mais raramente, cirurgia.


Nódulos tireoideanos

Nas últimas duas décadas tivemos uma explosão de diagnósticos de nódulos tireoideanos. Isso se deveu, provavelmente, ao uso difundido dos métodos de imagem e  à capacidade de detecção de imagens muito pequenas por esses métodos. A prevalência de nódulos na população em geral é muito alta, chegando a 60% em alguns estudos. Logo, quando se faz um ultrassom de tireoide de rotina existe uma chance maior que 50% de se encontrar um nódulo. De todos nódulos que encontramos, 95% deles são benignos e apenas 5% representam lesões malignas. Dessa forma, o grande desafio, é selecionar entre esses nódulos detectados, aqueles que precisam ser puncionados, para um melhor diagnóstico e aqueles que podem apenas ser acompanhados. Nesse contexto, o exame mais importante na avaliação do nódulo é o ultrassom da tireoide. Quando feito por profissional experiente em tireoide, ele nos descreve as características do nódulo (forma, ecogenicidade, margens, presença de calcificações e microcalcificações, presença de linfonodos), o que nos permite optar por uma punção aspirativa com agulha fina desse nódulo ou apenas acompanhá-lo com ultrassom.

Cancer de tireoide

De todos os nódulos que encontramos na tireoide apenas 5% deles são câncer da tireoide. Desses casos de câncer, 95% correspondem ao câncer bem diferenciado da tireoide (que tem evolução benigna na grande maioria dos casos) e menos de 5% correspondem a câncer pouco diferenciado ou indiferenciado da tireoide (que tem comportamento mais agressivo).
De maneira geral, o câncer da tireoide tem bom prognóstico, chegando a uma sobrevida de 98% em 10 anos. Esse comportamento mais benigno tem tornado todas as condutas relacionadas ao tratamento do câncer da tireoide mais liberais e menos agressivas, a depender do tipo e características do tumor. Atualmente, canceres menores que 1cm de baixo risco podem ser acompanhados de perto com ultrassom sem cirurgia e serem operados se crescerem de maneira considerável ou se apresentarem outro achado de alto risco, sem prejuízo qualquer para o paciente.
Quando esse paciente de baixo risco é submetido a cirurgia, pode-se optar pela retirada de metade da tireoide (lobectomia).
No passado, todo paciente com câncer da tireoide era submetido a radioiodoterapia após a cirurgia, hoje essa conduta é reservada apenas a pacientes de alto risco e risco intermediário.
Antigamente, também se deixava todos os pacientes com TSH suprimido, utilizando-se altas doses de levotiroxina, atualmente isso não se faz em pacientes de baixo risco e para pacientes de risco intermediário e de alto risco que estão com resposta excelente também libera-se o alvo de TSH para entre 0,5-2,0 de maneira mais rápida.
Seu médico endocrinologista lhe indicará qual a melhor conduta para o seu caso.

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